As irmãs serial killers que quebraram um recorde mundial

As irmãs Delfina e María de Jesús González tocaram o terror entre as décadas de 1950 e 1960. Além de comandarem uma grande rede de prostituição no norte do México, elas participaram de uma série de assassinatos envolvendo garotas de programa, homens ricos e bebês ilegítimos.
O começo de tudo
As irmãs González nasceram em El Salto de Juanacatlan, em uma família pobre e sem estrutura. O pai, Isidro Torres, era extremamente rígido e cometia abusos. Ele trabalhava como policial e achava normal resolver seus desafetos através de sua pistola. Além disso, colocava os filhos atrás das grades como punição para comportamentos que o desagradassem, como o uso de maquiagem, por exemplo.
Seu estilo de vida lhe rendeu vários inimigos e, por isso, a família precisou se mudar para San Francisco del Rincon, próximo da Cidade do México. Estabelecidas em sua nova casa, as irmãs procuravam um jeito de ganhar dinheiro e fugir dos constantes abusos do pai. Foi aí que elas descobriram o mundo da prostituição.
Mas não pense que elas ficavam nas esquinas da cidade: as irmãs abriram o próprio salão e logo já estavam "recrutando" garotas da região para o trabalho, além de oferecer seus serviços para policiais em troca de favores.
Para atrair mais jovens para a prostituição, as irmãs visitavam áreas rurais e pobres e prometiam às garotas vagas de garçonete ou empregada doméstica. Porém, assim que chegavam à cidade, elas eram escravizadas e obrigadas a trabalharem no bordel. Em pouco tempo, a dupla já havia expandido o negócio para algumas cidades próximas.
Com o crescimento do "negócio" da família, as irmãs não mais saíam em busca de novas garotas: elas contrataram homens para sequestrar jovens – as que ainda eram virgens eram "reservadas" para os clientes que podiam pagar mais. Todas foram abusadas e nunca receberam nada.
O início da matança
Como era de se esperar, várias garotas ficaram grávidas e, assim que a descoberta era feita, as irmãs as obrigavam a abortar e enterravam os fetos ali mesmo. Além disso, quando as meninas ficavam doentes, principalmente pela contração de doenças sexualmente transmissíveis, elas não eram soltas: acabavam sendo assassinadas e enterradas no grande cemitério que se formava ao redor do bordel.
Mas elas não eram as únicas vítimas das irmãs: quando as González percebiam que algum homem ia até o local com muito dinheiro, logo ele se tornava um alvo. Elas tinham tanto medo de voltar à pobreza que não mediam esforços para aumentar a renda.
Mesmo que muitas pessoas soubessem dos crimes que aconteciam no local, nada foi feito até que, em 1964, uma garota conseguiu escapar do cativeiro. Catalina Ortega fugiu e conseguiu chegar ao escritório da polícia em Leon, Guanajuato, onde contou sobre todo o horror que havia presenciado até então.
Quando os policiais – aqueles que não eram envolvidos nos acordos com a família – chegaram ao local, ficaram chocados com as condições precárias em que as garotas sequestradas viviam. Eles logo encontraram 91 cadáveres, entre homens, mulheres e fetos. Inesperadamente, em 2002, outros esqueletos foram achados na região e ligados às irmãs.
As duas foram presas e María morreu em sua cela em 1984. Delfina e María de Jesús González entraram para o livro dos recordes como a "parceria de assassinas mais prolífera".
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